
António Pedro Santos/Lusa
Partido defende um reforço do SNS - que diz ser "decisivo" - e deixa críticas ao que diz serem tentativas de apropriação dos "recursos do Estado e da Segurança Social".
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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defende que as últimas semanas mostraram que "o estado de emergência serviu de pretexto para que grupos económicos e o grande patronato pudessem despedir, explorar e restringir os direitos dos trabalhadores".
Numa análise da atual situação do país, o secretário-geral do PCP considera inaceitável o que classifica de ataque claro aos direitos dos trabalhadores num período particularmente difícil de combate à pandemia do novo coronavírus.
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"O estado de emergência está a ser aproveitado por aqueles que veem na atual situação uma oportunidade para aumentar a exploração, para se apropriarem dos recursos do Estado e da Segurança Social, por aqueles que pretendem amplificar as consequências negativas na Economia com o objetivo de canalizar ainda mais recursos para os grupos económicos monopolistas", defende.
Na declaração transmitida pelos canais do partido, Jerónimo de Sousa adianta que "o vírus é perigoso e pode matar, mas agravar a exploração e o empobrecimento (...) também destrói vidas".
"Os direitos não estão nem podem estar de quarentena", sustenta o líder comunista, que adianta algumas propostas para os tempos que aí vêm, a começar pelo aumento da capacidade do SNS, cujo reforço é "decisivo".
"Exige-se um plano de emergência e investimento no SNS para dar respostas mais avançadas na defesa da saúde dos portugueses no presente e no futuro", explica Jerónimo de Sousa.
O PCP pede defende também a "valorização dos salários, pensões e direitos para criar emprego e assegurar o desenvolvimento", lembrando também que "para que Portugal tenha futuro é preciso produzir", afirmando a "soberania e o direito ao desenvolvimento económico soberano".
O secretário-geral comunista diz-se solidário com "todos os que em condições muito difíceis travam o combate para salvar vidas" e mostra-se reconhecido pela "atitude que os portugueses têm assumido" no combate a esta pandemia.