O PCP lembra que «fortíssima contestação social abre brechas na coligação», enquanto que o Bloco de Esquerda entende que «um milhão de portugueses apontou a porta da rua ao Governo».
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O líder parlamentar do PCP considerou, esta quarta-feira, que as «manifestações de sábado vieram confirmar que PSD e CDS não dispõem já da base social de apoio político que lhes deu a maioria ainda representada na Assembleia da República».
No Parlamento, Bernardino Soares frisou que a «fortíssima contestação social abre brechas na própria coligação, que podem ainda não ser definitivas, mas são já sem dúvida irreversíveis».
«O facto de a política estar errada é uma mensagem que não pode deixar de passar», acrescentou o deputado comunista, que rejeita um Executivo que venha da mesma maioria» ou que seja de «iniciativa presidencial ou de outra qualquer configuração para manter a mesma política».
Por seu lado, o bloquista João Semedo entende que «não resta outra solução que não seja a demissão do Governo», uma vez que «um milhão de portugueses apontou a porta da rua ao Governo».
Para este deputado, «àqueles que pensam que qualquer governo de iniciativa presidenciais é a solução, dizemos que um Governo de iniciativa presidencial seria substituir o pai da austeridade pelo padrinho da austeridade».