PCP pede contratação de 96 psicólogos para apoiar PSP e GNR (além de atualizações salariais)
A deputada do PCP Alma Rivera lembra que os profissionais das forças de segurança trabalham em situações de alto risco.
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A pensar nos profissionais das forças de segurança, o PCP acrescenta novas propostas de alteração ao Orçamento do Estado, já depois de ter pedido o aumento do subsídio de risco. Os comunistas querem que sejam os sindicatos e as associações profissionais a negociarem a atualização dos regimes remuneratórios e pede a contratação de psicólogos para apoiar a PSP e GNR.
Na véspera da audição ao ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, no âmbito do Orçamento do Estado, o PCP coloca novas propostas em cima da mesa, pedindo ao Governo que negoceie aumentos salariais para os profissionais das forças de segurança diretamente com os sindicatos e com as associações profissionais.
Em declarações à TSF, a deputada Alma Rivera defende que os aumentos negociados para a Função Pública e em concertação social não podem ser aplicados diretamente a uma carreira especial, e deixa uma questão: "Quem é que, neste momento, olha para as condições oferecidas e considera que dignificam a profissão?".
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"O que criticamos é que o Governo aplica de forma automática a uma carreira especial do que é negociado para a Função Pública e em concertação social. Há uma transposição automática em que o Governo se arroga de ter feitos aumentos. A verdade é que o Governo não está a negociar verdadeiramente com as estruturas representativas das forças de segurança", critica.
A deputada Alma Rivera lembra que os profissionais das forças de segurança trabalham em situações de alto risco, o que leva a condições psicológicas extremas. O partido pede, por isso, a contratação de 96 profissionais da área da saúde mental, entre os quais psicólogos, para os comandos territoriais e metropolitanos da GNR e PSP.
"Exigimos a admissão imediata de 30 psicólogos para responder às necessidades, mas calculamos que para cada comando territorial e metropolitano da PSP e da GNR são necessários 96 psicólogos e outros profissionais", adianta.
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Questionada sobre o custo das propostas dos comunistas, Alma Rivera pede que se "coloque a questão ao contrário": "Quanto é que nos custa esta política de contenção sobre os trabalhadores ao mesmo tempo que se esbanja dinheiro noutras áreas"?". A deputada lembra que existe um excedente orçamental e é necessário pensar na "sobrecarga dos agentes em funções", que tem "um custo humano".
Os comunistas desafiam os restantes partidos (incluindo a maioria absoluta socialista) a "olharem com olhos de ver" para a proposta, tendo em vista a viabilização das medidas.