PCP pede proporcionalidade para não transformar crise sanitária em "caso de polícia"
Jerónimo de Sousa não revela planos do governo, mas vai deixando o aviso de que crise sanitária "não se resolve como um problema securitário". PCP considera que atual quadro legal permite dar resposta à situação de pandemia.
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O tom não é animador e levanta o véu sobre medidas que o PCP não acompanha: é preciso que "medidas de defesa da saúde não sejam transformadas num caso de polícia".
À saída da reunião com o primeiro-ministro, o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa, não adianta que medidas podem estar na calha, mas vai avisando que os problemas de saúde não podem ser combatidos como se de um problema de segurança se tratasse.
"Exagerar nessas medidas, pensar que se resolve como um problema securitário, assim não resolvemos o problema", sublinha Jerónimo de Sousa para quem é necessária uma pedagogia junto da população, mensagem que, de resto, tem sido sublinhada por todos os partidos que têm passado por São Bento.
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Apelando à "proporcionalidade" das medidas que vierem a ser tomadas, Jerónimo de Sousa lembra também que as próximas regras pensadas pelo governo para conter a pandemia "são inseparáveis" do reforço do Serviço Nacional de Saúde, discordando até de uma requisição civil ao setor privado e social se tal significar que o SNS fica desvalorizado.
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