Paulo Raimundo afirma que "a cada dia que passa torna-se mais evidente a dura realidade" do país.
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O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, pediu esta sexta-feira que não ignore a "grave" situação que Portugal enfrenta e disse que é "preciso e urgente responder aos problemas" do país.
"As decisões tomadas pelo Presidente da República (...) não podem ser apreciadas sem ter em conta a grave situação que atinge o povo e o país", disse Paulo Raimundo, considerando "urgente" arranjar uma alternativa política.
"A cada dia que se passa torna-se mais evidente. É preciso e é urgente responder aos problemas que os trabalhadores, as populações e o país enfrentam na dura realidade de todos os dias", acrescentou.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou ao país na quinta-feira, depois da reunião de Conselho de Estado, e anunciou eleições para o dia 10 de março de 2024.
O primeiro-ministro, António Costa, pediu na terça-feira a demissão ao Presidente da República, que a aceitou. Depois de ouvir os partidos e da reunir de Conselho de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou na quinta-feira eleições para o dia 10 de março de 2024 e a dissolução do Governo.
António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo sobre negócios de lítio e hidrogénio terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos nos projetos investigados.
A operação de terça-feira do Ministério Público assentou em pelo menos 42 buscas e levou à detenção de cinco pessoas, sendo que o ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, foram constituídos arguidos.