O PCP pediu a presença do ministro da Educação no parlamento, com caráter de urgência. Também o Bloco de Esquerda exigiu esclarecimentos a Nuno Crato sobre a marcação da prova de avaliação dos professores.
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O PCP não aceita que os professores sejam chamados para uma prova, com tão pouco tempo de antecedência, disse à TSF a deputada comunista Rita Rato.
O PCP contesta a marcação da prova de avaliação dos professores contratados com três dias úteis de antecedência, no dia 22 de julho, mediante despacho hoje publicado em Diário da República.
O despacho prevê que os professores que, «comprovadamente por motivos alheios à sua vontade, se viram impedidos» de realizar a prova no dia 18 de dezembro, o possam fazer no dia 22 de julho.
«A prova realiza-se, assim, após o último dia de exames nacionais do ensino secundário, de modo a não interferir com os exames nacionais», afirmou hoje o Ministério da Educação, em comunicado.
A 18 de dezembro, quase metade dos professores inscritos para fazer a Prova de Avaliação de Capacidades e Conhecimentos (PACC)- imposta pelo Ministério da Educação aos docentes com menos de cinco anos de serviço -, terão falhado o exame em consequência de uma greve de professores e de protestos e incidentes junto a várias escolas onde estava a ser realizada.
Também o Bloco de Esquerda exigiu esclarecimentos ao ministro da Educação, Nuno Crato, sobre a marcação da prova de avaliação dos professores.
«O Bloco de Esquerda condena esta nova tentativa de realização da Prova de Avaliação de Conhecimentos e Capacidades (PACC), uma prova discriminatória, cujo único propósito foi inserir um novo mecanismo de restrição no acesso à profissão», afirma o partido, que dirigiu uma pergunta ao ministro, através da Assembleia da República.
A decisão do Governo apanhou de surpresa os professores contratados, os sindicatos e os diretores dos agrupamentos.