O PCP entende que o primeiro-ministro tem de explicar qual a moeda de troca implicará o pedido de ajuda feito à Comissão Europeia. Por seu lado, os Verdes defendem que o Governo pretende com esta medida impor o PEC 4.
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O líder parlamentar do PCP considera que o primeiro-ministro ainda vai ter de explicar «que medidas é que o Governo admite vir a aceitar como contrapartida de uma eventual ajuda financeira da União Europeia».
«Não explicou o que vão querer impor mais aos portugueses, o que vão querer cortar mais nas pensões e salários, que medidas ainda mais recessivas vão aplicar e porque ainda não entenderam que era possível ter outra solução», acrescentou Bernardino Soares.
Por seu lado, a deputada do Partido Ecologista Os Verdes, Heloísa Apolónia, lembrou que o Governo chegou a defender que um «Governo de gestão não tinha legitimidade para pedir ajuda externa» após o chumbo do PEC 4.
«Depois, veio o primeiro-ministro, já sem pôr em causa essa legitimidade, dizer que não pediria essa ajuda externa e passados pouquíssimos dias o que o primeiro-ministro veio dizer é que vamos pedir ajuda externa», acrescentou.
Por isso, conclui Heloísa Apolónia, «temos um PS e um primeiro-ministro completamente desnorteados e a querer aplicar à força o PEC 4, que foi rejeitado em Portugal».