O PCP declarou hoje que o guião para a reforma do Estado é «uma tentativa de perpetuação da política da troika como conceção do Estado» português, tendo proposto ao Governo perspetivas alternativas para o futuro do país.
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Declarações do líder parlamentar comunista, João Oliveira, que falava no parlamento, depois de uma reunião de cerca de 40 minutos de uma delegação do PCP com o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, sobre a reforma do Estado.
Os comunistas afirmaram ao Governo a sua perspetiva de caminho alternativo «que não passa por qualquer tipo de possibilidade de convergência com as opções» do executivo, antes por iniciativas legislativas de «proteção do desemprego e de recuperação de salários e pensões», por exemplo, apresentadas no Parlamento.
Na reunião com o Governo, o PCP trouxe também a «necessidade da renegociação da dívida», aspeto «prioritário» para o futuro imediato do país, adiantou o partido.
«Da nossa parte, este encontro foi realizado com uma grande franqueza e honestidade naquilo que é o mundo que nos separa das opções políticas do Governo», declarou João Oliveira sobre o encontro de hoje com Paulo Portas, que se fez acompanhar pelo ministro da Presidência, Luís Marques Guedes, e pela subsecretária de Estado adjunta do vice-primeiro-ministro, Vânia Dias da Silva.
O PCP fez-se representar na reunião com o Governo por João Oliveira e pelo deputados António Filipe e Rita Rato.