O secretário-geral do PCP justificou a recusa da participação nas negociações para a ajuda externa, afirmando que só o contacto relevou um acto de ingerência, e falou em «submissão nacional».
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O PCP foi convidado para um encontro com os representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e União Europeia, mas Jerónimo de Sousa entende que só o contacto já revela um acto de ingerência.
Os comunistas foram contactados por telefone esta segunda-feira de manhã com vista à marcação de uma reunião à tarde.
«O PCP rejeita o seu envolvimento num processo que constitui uma inaceitável atitude de abdicação e submissão nacional. Reafirmando a sua determinação de intervir a todos os níveis na defesa dos interesses do país e colocando a exigência de informação a que institucional e politicamente tem direito, o PCP transmitiu já a sua recusa à reunião proposta», disse o líder comunista.
O PCP demarca-se das negociações e rejeita aquilo que chama de subordinação, acrescentando que quer saber claramente como estão as contas do Estado. É com o Governo que o PCP quer reunir e não com a "troika".
O "não" categórico é uma atitude assumida pelo PCP, por entender que não se trata de forma alguma de uma ajuda, reafirmou Jerónimo de Sousa, para quem o resgate do FMI é um engano e uma ingerência e não é inevitável.
Também o BE e "Os Verdes" recusaram participar nas negociações.