Não há memória de tão poucos acidentes na estrada. Multas também caíram a pique com o confinamento, com uma exceção.
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As multas por excesso de velocidade foram as únicas a registar um aumento durante o estado de emergência.
Os números são da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) que confirmam que entre janeiro e abril Portugal teve muito menos acidentes e mortos nas estradas.
A razão foi, em grande parte, a pandemia, não havendo memória de uma melhoria tão grande na sinistralidade rodoviária.
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Ao todo foram menos 29% de acidentes com vítimas (-3.111), menos 34,2% de mortos (-51) e menos 26,9% de feridos graves (-173).
A tendência de descida já vinha desde o início do ano, mas a razão mais forte para uma queda tão acentuada é sobretudo uma: o estado de emergência que se iniciou a 19 de março.
Por exemplo, durante esse quase mês e meio de fortes medidas de confinamento os acidentes com vítimas diminuíram perto de 70%.
Multas a cair, menos na velocidade
Com muito menos carros nas ruas, as multas também caíram quase 25% durante o estado de emergência - menos 37.843 que no mesmo período de 2019.
As infrações por excesso de álcool, condução com telemóvel e falta de cintos de segurança ou cadeirinhas para crianças caíram mais de 80 por cento.
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A falta de inspeção automóvel também teve uma descida igualmente abrupta de 79,6%.
Há, no entanto, um tipo de violação das leis da estrada que registou um aumento em pleno pico da pandemia: PSP e GNR passaram mais 16 mil multas por excesso de velocidade, uma subida de 22%.
Ao todo, nesse cerca de mês e meio as autoridades passaram 88.169 coimas por excesso de velocidade.