O suspeito dos crimes de Aguiar da Beira vai ser ouvido esta manhã, às 10h, no tribunal da Guarda.
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Pedro Dias diz que não está preparado para cumprir 25 anos de cadeia e garante ter provas de que há muitos equívocos no caso, numa entrevista dada ao Diário de Coimbra.
O suspeito dos crimes de Aguiar da Beira insinua que a GNR lhe fez alguma coisa na noite de 11 de outubro, mas não concretiza. Remete esclarecimentos para o militar da GNR que ficou ferido.
Na entrevista ao Diário de Coimbra, o empresário agrícola revela que na manhã seguinte recebeu o que considera ser uma ameaça de morte de uma sargento da GNR que lhe disse que ele corria risco de vida.
Durante as buscas, quando andava escondido, diz que ouviu militares da GNR a dizerem que tinham de o matar "porque já estava a dar muito trabalho".
Confirma que andou em fuga pela zona de Vila Real, mas assim que saiu de Sabrosa tentou sempre estar perto de Arouca. Queria ouvir a voz da filha na escola. "E ouviu?", perguntou o jornal. Imaginou que ouviu e fez-lhe bem.
Confessa que "quando o sino tocava de morte, só imaginava que podia ser alguém da família. Alimentou-se de "muita castanha, muita noz, muito quivi". Terá feito compras com 60 euros em supermercados e tomou banho em rios.
Pedro Dias diz ainda que roubou meio frango de uma arca em casa de um amigo, mas garante que este nem soube que ele por lá passou.
Pedro Dias nega qualquer ato violento, diz que não sequestrou o casal em Arouca e garante que o mesmo casal até lhe emprestou um relógio e o carro.