Centrista pede uma atitude da atual direção do partido antes do congresso do CDS.
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Pedro Melo apresentou a demissão do Conselho de Jurisdição do CDS por considerar que a situação relativa à refiliação de Manuel Monteiro é "absurda", ilegal e tem de ser resolvida pela atual direção.
"Do meu ponto de vista, a situação é flagrantemente ilegal e espero que a direção em vez revogar a decisão para daqui a três meses, meta a mão na consciência e perceba que este comportamento não é aceitável", explicou o centrista à TSF, frisando que a direção "só revelará hombridade se reconhecer que é um erro crasso aquilo que se está a passar".
Pedro Melo considera que está em causa um "tratamento discriminatório, parcial e pouco transparente" e esclarece que "o que há a fazer é entregar o cartão ao professor Manuel Monteiro e resolver de vez o problema".
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Assim, o membro do CDS deixa ainda claro que alguém tem de o fazer, mesmo que não seja a ainda líder do partido. "Se não for a Assunção Cristas que seja alguém da direção. Quem tem competência nesta matéria é o secretário-geral, que tem uma relação muito próxima com a direção, e portanto entre a direção e o secretário-geral espero que a situação se resolva e que mudem de opinião", aponta.
O ex-líder do CDS-PP Manuel Monteiro exigiu, por carta, explicações à direção do partido pelo atraso na sua refiliação e garantiu que não é "candidato a nada" no congresso do partido, em janeiro de 2020.
Manuel Monteiro disse à agência Lusa ter enviado uma carta ao secretário-geral do CDS, Pedro Morais Soares, em que pede esclarecimentos sobre qual o artigo estatutário ou normal legal em que se baseou para adiar a sua refiliação para a liderança a sair do próximo congresso, de 25 e 26 de janeiro de 2020.
O antigo líder centrista disse ter pedido a sua "inscrição com militante base", é nessa condição que quer "participar no futuro do CDS" e não "socorrer ou a beneficiar de um qualquer estatuto, regulamentar ou estatutário, só pelo facto de ter sido presidente".