Pedro Nuno convidou, Carlos César aceitou. Presidente do PS deverá manter-se no cargo
Carlos César foi uma escolha de António Costa, em 2014, altura em que sucedeu a Maria de Belém Roseira.
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Carlos César foi um dos apoiantes de peso de Pedro Nuno Santos, na corrida para a sucessão de António Costa, e deverá manter-se como presidente do PS, depois de convite do novo secretário-geral socialista. O lugar vai a votos no congresso do partido, no início de janeiro.
Nome próximo de António Costa, Pedro Nuno Santos renova agora a confiança em Carlos César para manter a presidência do partido, convite que foi aceite pelo antigo presidente do governo regional dos Açores, de acordo com informação socialista. Fonte do partido acrescenta que "a candidatura de Carlos César será, ao que tudo indica, consensual", ou seja, sem um opositor interno.
Apesar de exercer funções como presidente do PS, Carlos César declarou o apoio a Pedro Nuno Santos, falando num "líder distintivo e não um apêndice" para continuar a trilhar o caminho iniciado por António Costa.
O presidente do PS preside ao Congresso Nacional e à Comissão Nacional, e pode até exercer as funções de secretário-geral em caso de ausência ou impedimento do titular do cargo, de acordo com os estatutos do partido.
Carlos César é presidente do PS desde 29 de novembro de 2014, altura em que sucedeu a Maria de Belém Roseira, depois de António Costa assumir o lugar de secretário-geral do PS em confronto com António José Seguro.
Exerceu funções como presidente do governo regional dos Açores durante 16 anos, de 1996 a 2012. Foi ainda deputado na Assembleia da República e, de 2015 a 2019, liderou a bancada parlamentar do PS.
Os socialistas reuném-se em congresso, de aclamação a Pedro Nuno Santos, a 5, 6 e 7 de janeiro. A 15 e 16 de dezembro decorreram as eleições internas para o lugar de António Costa, com Pedro Nuno Santos a derrotar José Luís Carneiro e Daniel Adrião.