Pela "democratização do Ensino Superior". Manifesto apela à abolição das propinas
Subscreveram o documento 35 personalidades da docência e política nacional.
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Chama-se manifesto pela democratização do Ensino Superior, um documento que se insurge contra o sistema de propinas por escalões. Esta medida foi proposta por um recente estudo, encomendado pelo Governo, feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico. O estudo propõe a "introdução em Portugal de um sistema de propinas por escalões, sendo o custo dos cursos superiores diferente em função dos rendimentos das famílias dos estudantes", pode ler-se no manifesto.
Não só a adoção de um sistema de propinas por escalões levanta problemas aos subscritores, é também uma vontade dos assinantes abolir progressivamente as propinas com o argumento de que representam um "obstáculo à democratização do Ensino Superior".
Assinaram o documento 35 pessoas, a maioria ligada ao Ensino Superior: entre elas está o ex-ministro Manuel Heitor, a deputada socialista Alexandra Leitão, o historiador Fernando Rosas, o ex-líder e fundador do Bloco de Esquerda, Francisco Louça, a bloquista Mariana Mortágua, o historiador Fernando Rosas e o historiador Manuel Loff.
O conjunto de personalidades subscreve a menção às palavras do Presidente da República quando considerou que a abolição progressiva das propinas "significa dar um passo para terminar o que é um drama, o número significativo de alunos que terminam o ensino secundário e não têm dinheiro para o Ensino Superior".
O Governo apresenta a revisão do financiamento do Ensino Superior até final de junho.