Cadernos eleitorais estão fechados com mais de 40 mil militantes em condições de votar. Distrito do Porto é o mais numeroso, seguido por Lisboa e Braga. Em relação às últimas diretas, há menos 30241 militantes com as quotas em dia.
Corpo do artigo
O assunto tem marcado a campanha interna das eleições do PSD, mas agora já não há nada a fazer. Está fechado o pagamento das quotas com 40451 militantes aptos a votar em janeiro, são cerca 30 mil a menos do que nas diretas que colocaram frente a frente Rui Rio e Pedro Santana Lopes.
Mas se mais de 70 mil militantes estavam aptos a votar nas eleições internas de há dois anos, aqueles que de facto colocaram o boletim na urna está mais próximo do universo eleitoral deste ano: votaram 42592 nas últimas internas
Os números disponibilizados pelo PSD mostram que o distrito com mais militantes em condições de votar é o do Porto (7632), seguido pela Área Metropolitana de Lisboa (5747) e Braga (5656).
Contactada pela TSF, a secretaria-geral do partido adianta que estes números ainda são provisórios, uma vez que há vales postais que ainda estão por contabilizar. No entanto, o secretário-geral adjunto Hugo Carneiro admite que o número não deverá crescer muito mais.
A comissão eleitoral com representantes das várias candidaturas vai ter uma reunião esta tarde para discutir.
Todos os votos contam
Com a campanha a aquecer e com os candidatos à liderança do PSD a apostar no contacto cara-a-cara com os militantes, ninguém dá por garantida a vitória. Para fora, todas as campanhas mostram confiança, há até quem admita à TSF que Rio pode vencer à primeira volta, mas nos bastidores, ninguém admite uma vitória fácil.
E os cadernos eleitorais até podiam revelar já alguma tendência, mas é muito difícil tirar ilações porque dentro do mesmo distrito há concelhias favoráveis aos vários lados da barricada.
Vamos a exemplos. Se em Braga, o presidente da distrital é o "rioista" José Manuel Fernandes, há nesta zona um foco muito grande também na candidatura de Luís Montenegro: a maior concelhia (Famalicão) é presidida por Paulo Cunha que está ao lado de Montenegro.
No Porto, terra de Rio, se o presidente da distrital Alberto Machado está com o atual presidente do partido, o líder da concelhia do Porto (e que mais militantes tem aptos para votar), Hugo Neto, já fez saber que está ao lado de Miguel Pinto Luz.
Com este cenário a multiplicar-se pelo país, é caso para dizer que vão ser os projetos dos candidatos, o esclarecimento e a influência que têm nas bases que vão ditar o resultado do próximo dia 11 de janeiro.
Por isso mesmo, as campanhas estão na estrada e vão intensificar as atividades no início do ano. Entre sessões com militantes, apresentação das moções de estratégia e entrevistas, os candidatos não atiram a toalha ao chão. Pelo contrário, fontes consultadas pela TSF garantem que no início do ano é que a campanha vai começar.