O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil lamenta que a TAP perca o investimento que fez na formação de jovens pilotos.
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A TAP vai perder cerca de 50 pilotos no primeiro trimestre de 2023. Segundo o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), estão desiludidos por não terem perspetivas de carreira, por isso a maioria vai trabalhar no Médio Oriente.
"Devem ser cerca de 50, se calhar um bocadinho mais, que irão sair da TAP, infelizmente", diz à TSF o presidente do SPAC, Tiago Faria Lopes. "Devido às condições que neste momento são apresentadas pela TAP, devido aos cortes, não há perspetiva de carreira neste momento."
São, sobretudo, os pilotos mais jovens que estão à procura de outras oportunidades. A TAP perde, assim, todo o investimento que fez na formação destes pilotos, lamenta o presidente do sindicato dos pilotos.
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"A TAP não consegue recuperar o investimento e deixá-los sair sem tentar, pelo menos minimizar ou tentar conversar com um sindicato para minimizar esta saída", lamenta Tiago Faria Lopes. O que "mais uma vez revela um desgoverno total desta administração".
A maioria vai para o Médio Oriente, para companhias aéreas como a Qatar Airways ou a Emirates, mas também companhias de baixo custo como a Easyjet e a Wizz Air, que agora vão "ganhar todo o know-how da TAP".
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Estas empresas reconhecem "o profissionalismo dos pilotos da TAP, precisamente do por terem uma instrução muito rígida e muito profissional, aponta Tiago Faria Lopes. "Tanto é que quando os pilotos apresentam currículo e vêm da TAP as companhias, por norma, nem pensam duas vezes: vão contratá-los."