A operação envolve o cumprimento de 80 mandados de busca.
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Pelo menos 27 pessoas foram detidas numa operação de combate ao tráfico de armas que a PSP está esta terça-feira a fazer nos distritos de Lisboa, Santarém e Leiria, avançou fonte policial à agência Lusa.
"Estamos a falar de 80 buscas, 75 domiciliárias e cinco não domiciliárias. Neste momento estamos aqui a realizar uma busca num estabelecimento comercial em Santarém. A operação está a continuar, neste momento os dados ainda são provisórios. As armas e munições eram, grande parte delas, adquiridas de forma legal e depois eram colocadas à venda no mercado negro, a pessoas que não eram titulares de qualquer licença de uso e porte de arma", tinha revelado, anteriormente, o comissário Tiago Mota.
Por volta das 10h00 as diligências ainda estavam em curso e a PSP continuava a fazer a compilação do material apreendido na operação, que inclui também cerca de três mil munições e coletes balísticos.
A operação surge na sequência de uma investigação, que dura há cerca de ano e meio, delegada pelo Departamento de Central de Investigação e Ação Penal na Polícia de Segurança Pública, e incide num grupo de suspeitos de venda ilegal de armas de fogo e munições.
O responsável descarta qualquer ligação desta operação com a Jornada Mundial da Juventude e revela que esta é uma investigação que dura há cerca de um ano e meio, delegada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal na Polícia de Segurança Pública.
"Nada tem a ver com a Jornada Mundial da Juventude. A investigação começou há cerca de um ano e meio, coincidia sobre um grupo de indivíduos que procedia ao tráfico de armas e munições e hoje desencadeou-se a vertente operacional de cumprimento de mandados de busca e alguns mandados de detenção", garantiu o comissário à TSF.
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De acordo com uma nota da PSP, há "fortes indícios" de que este grupo tenha posto a circular ilegalmente dezenas de armas de fogo e "uma quantidade considerável" de munições de vários calibres.
Nesta operação participam centenas de polícias do Comando Metropolitano de Lisboa, do Comando Distrital de Setúbal da PSP, da Unidade Especial de Polícia, do Departamento de Armas e Explosivos, contando ainda com a colaboração da GNR na área da sua competência.
O DCIAP revelou, entretanto, uma nota de imprensa que aponta para a suspeita da prática dos crimes de tráfico de armas e de detenção de arma proibida.
"Indicia-se que os suspeitos adquiriam e revendiam armas de fogo, munições e componentes, sem que tivessem licença para o efeito e sem que os compradores tivessem licença para essa aquisição. Indicia-se igualmente que um dos suspeitos, que gere um estabelecimento comercial de espingardaria, participava nessas vendas ilícitas e as ocultava", refere a nota do MP.
Notícia atualizada às 11h22