Carimbar era a palavra de ordem. Ao longo de mais de quatro meses, os visitantes da Expo98 corriam os pavilhões para recolher os carimbos dos pavilhões. O passaporte tornou-se um ícone da exposição mundial.
Corpo do artigo
SIGA AQUI A EMISSÃO ESPECIAL TSF SOBRE A EXPO 98
Angola, Mongólia, Bangladesh, Zâmbia, Uganda, Madagáscar, Japão, Filipinas, Mali, Timor, Irão, Maurícias, Micronésia, República de Vanuatu, Ilhas Salomão, Canadá, Cabo Verde... e mais e mais. Durante os 132 dias da Expo, era possível dar uma volta ao mundo. E o passaporte era a prova.
O pequeno caderno azul-escuro, que tentava reproduzir um verdadeiro passaporte, destacava-se nas mãos de crianças e adultos que corriam a Exposição Mundial.
Na primeira página, uma mensagem de boas vindas:
O Comissário Geral da EXPO 98 dá as boas vindas ao portador deste passaporte para celebrar "Os Oceanos, um Património para o Futuro" na Expo 98 em Lisboa.
Cada país tinha um carimbo com pelo menos o nome do país. Alguns juntavam uma imagem, símbolo da identidade do Estado. Mais ou menos originais, o importante era juntar o maior número possível - eram a prova de que o visitante tinha passado por lá.
Para além dos carimbos, havia também os autocolantes oficiais - do Pavilhão do Conhecimento, de Portugal, da Realidade Virtual... - e os temáticos, com o Gil e a Docas.
A ideia foi um sucesso. E mesmo com filas monumentais em muitos pavilhões a dificultar a corrida, a vontade de guardar uma memória física não deixava os visitantes esmorecer.
O passaporte da Expo foi, para muitos, o primeiro passaporte que tiveram. E talvez o único.
Hoje, há passaportes da Expo 98 à venda em sites da Internet. Entre os 15 e 45 euros é possível comprar memórias de outros, que são também as de todos.
Mais ou menos completos, alguns com autógrafos e dedicatórias, estão entre a memorabilia do grande evento que trouxe o mundo a Lisboa.