Pesca do carapau proibida no Golfo da Biscaia Meridional. Interdição não terá impacto nos pescadores portugueses
A Associação de Armadores de Pesca do Norte refere que a proibição incide numa zona pouco utilizada pela pesca nacional
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A pesca do carapau, na zona do Golfo da Biscaia Meridional, está proibida a partir desta terça-feira, após a frota portuguesa ter esgotado esta quota.
"Considerando o atual nível de descaras efetuadas pela frota portuguesa de carapaus ('trachurus spp.'), na subzona 8c, verifica-se que a quota de pesca atribuída a Portugal encontra-se esgotada", lê-se numa nota divulgada, na segunda-feira, pela Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM).
A subzona 8C corresponde ao Golfo da Biscaia Meridional.
Face a este cenário, foi decidido interditar a pesca de carapau, na zona em causa, a manutenção a bordo, transbordo e descargas das capturas efetuadas, "a partir das 24h00 do dia 21 de maio".
O presidente da Associação de Armadores de Pesca do Norte garante que a proibição de pesca do carapau não tem qualquer impacto nos pescadores portugueses. À TSF, Manuel Marques diz que a interdição incide numa zona pouco utilizada pela pesca nacional.
"A zona onde acabou a quota do caparau foi a zona 8, é uma zona a Norte de Espanha. Afeta mais os arrastões que andam ao bacalhau, na quota nacional que é a zona 9, não há problema nenhum com a quota do carapau, nós temos uma quota quase inesgotável. Vamos entrar agora no melhor mês do valor do pescado, porque vamos entrar nos meses onde os peixes engordam mais um bocadinho e ficam melhor para consumo e a qualidade já vai refletir-se no preço", explica.
Questionado sobre se o preço vai aumentar, Manuel Marques afirma que "depende muito da procura". "Vamos entrar no mês das festas populares e todos sabemos que a sardinha é um peixe popular, achamos que vai aumentar, precisamos que aumente um bocadinho o preço mínimo", acrescenta.
No final de abril, a DGRM já tinha avisado para a possibilidade de encerrar esta pescaria, uma vez que 80% da quota já se encontrava utilizada.
A DGRM é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa, que tem por objetivo o desenvolvimento da segurança e serviços marítimos, a execução das políticas de pesca e a preservação dos recursos.
Notícia atualizada às 10h13
