Albino Costa, é um antigo pescador que há 30 anos passou a dedicar-se à construção de réplicas de embarcações da época dos Descobrimentos. Tem uma coleção avaliada em mais de um milhão de euros.
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Albino Costa faz todas as peças à mão. Naus, caravelas, galeões, fragatas, corvetas... embarcações do século XVI ao século XII, réplicas perfeitas, na maioria com mais de 1,5 metros de comprimento, construídas pelas mãos de Albino Costa.
"A minha profissão é pescador, mas nunca gostei. Era muito duro, uma profissão muito ingrata. Chegávamos ao cais e descarregávamos a sardinha descalços. Não gostei do mar", conta à TSF.
Há 31 anos deixou a vida de pescador, abriu um café e dedicou-se à construção de réplicas de embarcações. "Fazer uma caravela não é como fazer o Titanic ou um veleiro. É preciso muita tola, meter lá os canhões, são peças muito pequenas. Quantas vezes não chegava à oficina e vinha para trás".
A maior caravela que construiu mede 2,30 metros, é do século XVI e representa 13 meses de trabalho. "Esta peça é de carga pesada, veja estes canhões! Imagine este "bicho" ao vivo!". A intuição e paixão pelo que faz têm sido os mestres de Albino Costa.
"Não queria dizer, mas... primeiro faço a maqueta cá fora, desenho a peça e durante um mês ou dois estudo a peça. Numa cartolina desenho o barco, coloco a fotografia ao lado para poder comparar e só depois avanço para a construção".
A coleção de 23 réplicas históricas da época dos Descobrimentos está exposta na Quinta da Boeira, em Vila Nova de Gaia.
Do trabalho de Albino Costa fazem ainda parte uma réplica de um barco rabelo, que demorou seis meses a construir, e do navio mais famoso do mundo: o Titanic, que ocupou 14 meses de trabalho.
Há 12 anos ofereceram-lhe 10 mil euros pelo Titanic, mas recusou.
O Titanic com 1,60 metros e está guardado no café de Albino Costa, em Vila Nova de Gaia. Já a coleção de 23 réplicas históricas da época dos Descobrimentos está à venda e em exposição na Quinta da Boeira, em Vila Nova de Gaia. A entrada é grátis.