A tutela diz que os apoios do Estado são os "máximos" permitidos pelos regulamentos comunitários. O valor varia entre 20 e 27 euros, mas os pescadores não aceitam. Querem falar à Ministra do Mar e ameaçam com protestos.
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Os pescadores admitem avançar com protestos se não receberam uma resposta ao pedido de uma reunião com caráter de urgência à Ministra do Mar.
O pedido surge na sequência da reunião da comissão de acompanhamento da pesca da sardinha, onde não esteve presente nenhum membro da tutela. O encontro foi dirigido pelo Diretor-geral de Recursos Naturais e Serviços Marítimos.
Os pescadores exigem, assim, discutir "cara a cara" com Assunção Cristas a portaria que ontem foi publicada e que prevê o pagamento de apoios entre os 20 e os 27 euros por causa das restrições impostas por Bruxelas à pesca de sardinha.
Humberto Jorge, da Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (Anopcerco), lamenta a falta de vontade política para discutir o a campanha do próximo ano e o que resta desta.
"Não tivemos direito a pronunciar-nos sobre o documento em si antes de ser publicado, por isso não discutimos rigorosamente nada. Tendo em conta que esta reunião foi dirigida pelo diretor-geral não pudemos discutir questões políticas, porque a tutela não esteve presente. Por essa razão, o setor decidiu solicitar uma reunião com caráter de urgência para se discutir todas as questões relacionadas com esta portaria e com a campanha do próximo ano. Admitimos todas as formas de luta para chamar à razão o poder político", declarou Humberto Jorge em declarações à TSF.
Sobre os apoios anunciados pelo governo, Humberto Jorge considera-os baixos. Explica o presidente da Anopcerco que a campanha de 2014 não pode comparada à de este ano, por isso não faz sentido repetir os valores sugerindo até outra forma de os distribuir, permitindo que os valores sejam mais elevados, mas atribuídos durante menos tempo.