A atividade turística gerou 8% da riqueza nacional o que representa um retrocesso sem precedentes nesta atividade exportadora.
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De acordo com a "Conta Satélite do Turismo" esta sexta-feira divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Valor Acrescentado Bruto (VAB) gerado pelo turismo representou 4,6% do VAB nacional (8,4% em 2019)", enquanto a atividade turística foi "equivalente a 8,0% do PIB (15,3% em 2019)".
  
O INE explica que "em 2020, o VAB gerado pelo Turismo terá registado um decréscimo de 48,2%, face a 2019, em termos nominais, que compara com a redução de 4,6% do VAB da economia nacional".
Por outro lado, "o consumo de Turismo no Território Económico caiu 50,4%, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu 5,4%".
Os produtos que mais contribuem para o PIB turístico, "como os serviços de alojamento, a restauração e similares, os transportes (especialmente os transportes aéreos) e os serviços de aluguer, foram os que mais sofreram os impactos económicos da pandemia COVID-19, o que se traduziu em reduções, em volume, entre 48% e 55% no PIB turístico gerado por estas atividades".
  
Estes são dados de 2020, mas em 2021 os dados alcançados até ao momento continuam a ser negativos.
Em março de 2021, o rendimento por quarto disponível nos alojamentos turísticos diminuiu 50,2% face ao mesmo do ano passado, sendo que em março de 2020 já se vivia em plena pandemia.
Esta diminuição significa que "o rendimento médio por quarto disponível situou-se em 7,3 euros".
"Os proveitos registados nos estabelecimentos de alojamento turístico atingiram 26,4 milhões de euros no total, correspondendo a variações de -73,5%"
E, com o confinamento, as "escapadinhas" e férias de inverno tiveram que ser canceladas, o que levou a quebras de 66,5% nas dormidas de março face ao ano passado, mesmo assim março revelou-se melhor do que fevereiro de 2021, mês em que as quebras foram de 87,8%.
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