"Pessoas estão desgastadas." Pelo cumprimento do contrato coletivo de trabalho, Misericórdias estão em greve este sábado
A sindicalista Catarina Fachadas explica à TSF que a principal reivindicação dos trabalhadores é o cumprimento do contrato coletivo de trabalho, algo "que os valoriza"
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No dia em que os provedores das Santas Casas da Misericórdia estão reunidos em assembleia-geral para discutir o orçamento do próximo ano, há uma greve de funcionários. A paralisação foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal.
A sindicalista Catarina Fachadas explica à TSF que a principal reivindicação dos trabalhadores é o cumprimento do contrato coletivo de trabalho, algo "que os valoriza".
Catarina Fachadas indica ainda que a larga maioria das santas casas não cumpre com o pagamento das diuturnidades: "Os senhores provedores continuam a insistir em não cumprir a lei." Entre as exigências está também um aumento dos salários em 150 euros.
A adesão à greve deste sábado não será tão elevada como a sindicalista gostaria, porque a falta de trabalhadores no setor dificulta o cumprimento dos serviços mínimos.
"Nunca abandonamos os utentes", afirma, argumentando: "As pessoas estão desgastadas, levam às costas as instituições, são o bem-estar, são o riso, são o aconchego do utente, mas, para eles, não há cuidado. E, nesse sentido, as pessoas estão de baixa recorrentemente, há muitos acidentes de trabalho e não são substituídas, ou seja, quem fica, fica novamente sobrecarregado. Por esse motivo é muito difícil nós conseguirmos trazer as pessoas que desejariam" para a paralisação.