PEV quer esclarecimentos do Governo quanto aos atrasos nos exames de condução
Os Verdes apontam os distritos de Bragança, Leiria, Lisboa, Setúbal, Santarém e Faro como os casos mais críticos, e pediram ao Ministério das Infraestruturas e da Habitação que explique a falta de examinadores.
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Os distritos de Bragança, Leiria, Lisboa, Setúbal, Santarém e Faro têm sido afetados pelos atrasos nos exames de condução em centros públicos, de acordo com o partido Os Verdes, que remeteu agora um pedido de esclarecimento ao Governo.
Esta "situação recorrente e que já se arrasta há vários anos" foi apontada por Francisco Madeira Lopes, em declarações à TSF. O deputado explica o protelamento dos exames pela "falta de examinadores para os centros oficiais". No distrito de Santarém, Francisco Madeira Lopes diz mesmo que os examinandos estão "dependentes da deslocação de um examinador de Lisboa, situação que ocorre apenas de vez em quando".
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"Há pessoas que chegam a estar três, quatro - e há um caso de sete - meses à espera para poder fazer o exame", afiança o deputado pelo partido Os Verdes, que fala ainda da "obrigatoriedade de existência de pelo menos dois examinadores para se proceder ao sorteio".
Francisco Madeira Lopes mostra-se apreensivo quanto à quantidade de "examinadores que vão envelhecendo ou entram de baixa", o que leva à redução de recursos humanos para os momentos de exame. "É inadmissível, numa altura em que terminaram, pelo menos, as restrições legais à admissão de trabalhadores na função pública, que a situação não se resolva", posiciona-se o deputado.
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"Se há pessoal no privado para fazer isto, significa que há mão-de-obra licenciada e qualificada. O Estado não está a admitir pessoas para o seu serviço para suprirem as suas necessidades", acrescenta Francisco Madeira Lopes.
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O PEV exigiu esclarecimentos ao Governo sobre a situação dos atrasos: "O partido remeteu a pergunta ao Ministério da Habitação e das Infraestruturas, para que este explique quantos examinadores existem ao serviço dos centros públicos de exames, quantos estão a dois anos, ou menos, da idade legal da reforma, quantas pessoas estão licenciadas no país e se já estão a ser tomadas medidas."