A Procuradoria-Geral da República (PGR) esclareceu hoje que a morte do bebé de cinco meses em março passado, em Loures, não está relacionada com as vacinas Rota Teq e Prevenar 13.
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Em comunicado, a PGR afirma que o «conjunto de intervenções periciais determinou a ausência de nexo causal entre a morte da criança e a vacinação que lhe fora administrada, designadamente, a vacinação com Rota Teq e Prevenar 13».
«Assim, perante a informação médico-legal obtida no inquérito, esclarece-se que não existiu, nem existe, qualquer relação entre aquelas duas vacinas e o falecimento da criança», conclui a nota da PGR.
O Ministério Publico tinha aberto um inquérito ao caso da morte do bebé de cinco meses, ocorrida a 19 de março, numa creche em Camarate (Loures), a quem teriam sido administradas as vacinas Prevenar 13 e Rota Teq, suspensas pelo Infarmed por suspeita de reação adversa grave.
Esta quarta-feira, a PGR esclareceu que, no âmbito do inquérito, foi determinada a realização de uma autópsia médico-legal ao cadáver da criança, que se realizou no dia 21 de março.
«Na sequência da autópsia médico-legal, foram realizados diversos exames complementares de diagnóstico, com recurso a especialistas nacionais e estrangeiros, para determinação da causa de morte», esclarece o comunicado, acrescentando que se concluiu não existir qualquer relação entre aquelas as duas vacinas e o falecimento do bebé.
Porém, o inquérito à morte do bebé, instaurado pelo Ministério Público da comarca de Loures, continua aberto, tendo em vista o esclarecimento das circunstâncias em que morreu a criança.
Refira-se que, na sequência da morte do bebé, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) decidiu suspender, por precaução, um lote da solução oral Rota Teq, contra o rotavírus, uma das principais causas de gastroenterite nas crianças, e de um outro lote da vacina Prevenar13, contra infeções graves causadas por Streptococcus pneumoniae, incluindo a meningite.