A Procuradoria-geral da República garante que as escutas telefónicas do processo "Monte Branco" não levantam qualquer suspeita de crime sobre a atuação de Pedro Passos Coelho.
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«Relativamente ao senhor primeiro-ministro, Dr. Pedro Passos Coelho, não existem nos autos quaisquer suspeitas da prática de ilícitos de natureza criminal», refere a Procuradoria-Geral da República (PGR), em comunicado assinado pela procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal.
A PGR diz que «não é possível prestar mais informações» sobre o caso, justificando que o processo se «encontra em segredo de justiça, como já foi amplamente divulgado».
No entanto, a PGR informa que foi «instaurado o competente inquérito, tendo em vista a investigação do crime de violação de segredo de justiça».
No sábado, o semanário Expresso noticiou que o «ex-Procurador-Geral da República enviou escutas com Passos Coelho para o Supremo Tribunal de Justiça, no âmbito do processo 'Monte Branco'».
De acordo com o jornal, as escutas foram enviadas no dia 8 de outubro e o pedido da sua validação não foi acompanhado de qualquer participação-crime. O jornal esclarece também que o «processo 'Monte Branco' envolve quatro banqueiros portugueses e suíços, por suspeita de fraude fiscal e branqueamento de capitais».
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, manifestou, em declarações ao diário Público, estar perplexo com a notícia, que leu no Expresso, e preocupado com a quebra do segredo de Justiça.
Ao Público, o primeiro-ministro disse também «estar muito consciente das suas conversas ao telefone» e »não ter nenhum receio de que venham ao conhecimento público».