Dados do matemático Carlos Antunes mostram uma desaceleração do aumento de novos casos, mas o especialista avisa que a variante Ómicron pode mudar o cenário.
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O pico desta vaga da Covid-19 deve ser atingido ainda antes do Natal e deve estabilizar à volta dos cinco mil casos. A média de mortes diárias deve ficar-se pelas 20. São estes os dados que mostram os cálculos matemáticos de Carlos Antunes, uma vez que, nas últimas duas semanas da progressão do vírus tem abrandado e, assim, já é possível estimar um pico.
"Há uma indicação aqui de uma possível ocorrência do pico antes do Natal, por volta do dia 20, capaz de ser até mais cedo. Se se verificar essa tendência de pico, provavelmente, não vamos ultrapassar, em termos médios, os cinco mil casos", refere o especialista à TSF, sublinhando que este cenário depende da capacidade de escalada da variante Ómicron.
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Já sobre o número diário de mortes, Carlos Antunes confirma que "há uma desaceleração". "Dificilmente, ultrapassaremos a médio dos 20 óbitos." É esta a estimativa que até ao Natal, os números vão continuar a subir. O crescimento tem vindo a acontecer de forma cada vez mais lenta.
"Face ao ritmo de subida que se verificava em novembro, o ritmo atual é menor, mais lento, a subida está a ser mais lenta. É um bom sinal, quer dizer que há uma saturação do aumento de casos", explica Carlos Antunes.
O matemático defende que, perante estes dados, pode-se concluir que a vacinação está a ter efeito. "O reforço de vacinação [na faixa etária] dos 70 e 79 e mais de 80 está a surtir efeito e estamos a verificar já uma diminuição no número de casos nessas faixas etárias", conclui.
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*com Guilherme de Sousa