O presidente do Conselho Nacional do CDS diz que muitas vezes falta «competência política» ao Executivo e assinalou que é preciso captar mais investimento para Portugal.
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O presidente do Conselho Nacional do CDS admitiu, este sábado, a necessidade de se remodelar o Governo para «reforçar a capacidade política e de coordenação política» do Executivo, onde os pontos fracos são Miguel Relvas e Álvaro Santos Pereira.
«Falta muitas vezes capacidade e competência política a este Governo e falta, do meu ponto de vista, dar outra prioridade ao tema importante da Economia, nomeadamente, outra eficácia na captação de investimento», explicou António Pires de Lima.
Este dirigente do CDS disse que uma remodelação seria um «sinal importante e inequívoco que o primeiro-ministro daria no sentido do compromisso que tem de levar esta legislatura até ao fim com um Governo eficaz, competente e preparado para agarrar os desafios fundamentais que temos na segunda fase da legislatura».
Pires de Lima reconheceu que os resultados da sétima avaliação da troika dão um claro sinal de que é preciso mudar de rumo e entrar numa «nova fase em que consiga conciliar uma agenda de saúde financeira com uma agenda de crescimento económico».
À entrada para a Comissão Política do CDS, este dirigente democrata-cristão explicou ainda que o Governo pode fazer mais para «atrair investimento de forma a que possamos minorar o impacto que tem tido este ajustamento financeiro na vida das pessoas ao nível da economia real e do desemprego».
Pires de Lima aproveitou também para lembrar que «não há futuro para a economia portuguesa se o mercado interno desaparecer e é fundamental que o Governo encare essa realidade com outro tipo de prioridade».
Este dirigente do CDS aconselhou também o Executivo a fazer os «ajustamentos que são necessários fazer na sua estratégia, política e equipa para esta segunda parte da legislatura seja mais virada para economia real, pessoas e criação de emprego do que foram os primeiros dois anos».