No rescaldo das autárquicas, o ministro da Economia pediu hoje que se entre numa «fase de compromisso», apelando ao «bom senso» até ao final do programa de ajuda externa.
Corpo do artigo
«Espero muito sinceramente que no rescaldo das eleições de ontem [domingo] - que são sempre momentos que originam naturais tensões políticas, que são compreensíveis - possamos agora entrar diferente, numa fase de compromisso, numa fase de atenção ao essencial que é a recuperação da nossa economia», disse o ministro da Economia na assinatura do Protocolo de Colaboração para a formalização da Linha de Apoio à Consolidação Financeira.
Na opinião de Pires de Lima, que falava nesta sessão no Porto, «o país pede e exige» que quer Governo, quer oposição, apesar dos papéis «diferentes» que desempenham, consigam «encontrar caminhos convergentes, caminhos de compromisso».
«É necessário assegurar nestes nove meses que faltam, que bom senso e maturidade política, o sentido de cooperação institucional permita a Portugal atingir a meta em julho de 2014», apelou.
O ministro da Economia sublinhou que «todos os portugueses estão interessados» num «último esforço necessário» para Portugal concluir o programa de assistência e financeira em julho de 2014.
«A economia está a ajudar e a disponibilidade do Ministério da Economia é total para o compromisso com políticas públicas de médio e longo prazo, que tragam estabilidade e previsibilidade aos agentes económicos», garantiu.
Pires de Lima reiterou a necessidade de Portugal «definitivamente entrar num ciclo virtuoso de crescimento económico».