Para este dirigente do CDS, «se somarmos ao momento complicadíssimo que estamos a viver uma crise política, há uma probabilidade razoável de Portugal virar caso semelhante à Grécia».
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O presidente do Conselho Nacional do CDS reiterou que a coligação governamental não pode ruir, uma vez que de outra forma Portugal terá um destino semelhante ao da Grécia.
Em declarações à TSF, Pires de Lima recusou fazer qualquer comentário às declarações do vice-presidente do PSD Jorge Moreira da Silva que para que não se conte com o seu partido para «especulações sobre a estabilidade da coligação».
«No limite, constato o óbvio: se somarmos ao momento complicadíssimo que estamos a viver do ponto de vista social e económico uma crise política, há uma probabilidade muito razoável de Portugal virar um caso semelhante à Grécia», frisou.
Pires de Lima, que não deseja que esta hipótese se confirme, mostrou-se ainda esperançado que o Orçamento de Estado possa ainda ser corrigido no Parlamento e que o Governo revele outra abertura para fazer acertos, nomeadamente no IRS.
«Espero que seja possível atenuar e aligeirar algumas das propostas extremamente gravosas em matéria do IRS e que conduzirão Portugal necessariamente a uma recessão igual ou eventualmente pior em 2013 relativamente ao que vivemos em 2012», adiantou.
Este dirigente do CDS considera que será necessário «bom senso por parte do ministro das Finanças», porque «não vivemos num regime de imposição e ditadura financeira, apesar do programa de assistência a que estamos submetidos».