Pizarro acredita que impacto da greve nos cuidados de saúde primários "não seja muito significativo"
O ministro da saúde considera que os cuidados de saúde primários "dependem pouco" da da prestação de horas extraordinárias.
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O ministro da Saúde reforçou, esta terça-feira, que vai enviar aos sindicatos um documento com a revisão das tabelas salariais e, com nova ronda de negociações agendada para sexta-feira, Manuel Pizarro acredita que o impacto da greve dos médicos nos cuidados de saúde primários "não seja muito significativo".
"Ao contrário do que acontece nos hospitais, em que as urgências estão muito dependentes da prestação de horas extraordinárias, nos cuidados saúde primários os nossos serviços dependem pouco", sublinhou Manuel Pizarro, em declarações aos jornalistas, à margem da visita ao novo Polo de Saúde de Carcavelos.
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"Temos de respeitar o direito de quem quer fazer greve e respeitar o direito de quem quer continuar a trabalhar", acrescentou.
Por outro lado, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos, Jorge Roque da Cunha, divulgou esta terça-feira, à agência Lusa, que os primeiros dados indicam que a adesão chega aos 92% nos centros de saúde.
"Isto demonstra a grande insatisfação que os médicos têm tido em relação a um Governo que não apresenta propostas", disse o responsável.
Além desta paralisação às horas extraordinárias, decorre uma outra greve dos médicos de âmbito nacional entre terça e quinta-feira.
Na segunda-feira, o ministro da Saúde assegurou que iria apresentar uma proposta de revisão da grelha salarial aos médicos e lamentou o "criticismo excessivo" que tem havido sobre a forma como têm decorrido as negociações, que se iniciaram ainda em 2022, com a antecessora ministra Marta Temido, mas que resultaram até à data sem acordo entre as partes.
Na fase de discussão do protocolo negocial, em julho de 2022, Governo e sindicatos concordaram em incluir a grelha salarial dos médicos do Serviço Nacional de Saúde nas negociações.