Pizarro assume responsabilidade por situação nos hospitais e pede prudência a analisar mortalidade
À margem cerimónia dos cem anos do IPO, Manuel Pizarro falou também sobre os helicópteros do INEM que vão deixar de fazer serviço noturno. O ministro espera que o novo concurso resolva o problema rapidamente.
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O ministro da Saúde assume responsabilidade pela situação atual das urgências hospitalares no Serviço Nacional de Saúde. Esta sexta-feira, em declarações à margem das comemorações do centenário do Instituto Português de Oncologia (IPO) em Lisboa, Manuel Pizarro garantiu que está a ser feito um esforço para responder aos problemas das longas horas de espera, mas admitiu que os resultados demoram a aparecer.
"Nós temos, em Portugal, um problema crónico com o afluxo às urgências e com a forma como temos o sistema organizado. Temos feito um trabalho muito intenso (...), mas este trabalho precisa de tempo para produzir os resultados que nós esperamos. Evidentemente que o ministro da Saúde é responsável pelos resultados do Serviço Nacional de Saúde", declarou.
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O ministro da Saúde pede "prudência" na análise dos dados que indicam que este foi o Natal com a maior mortalidade da última década, mas admite que há motivos para "preocupação" e que é preciso libertar as urgências. Por esse motivo, vai haver centros de saúde com horário alargado no período do Ano Novo.
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"Vamos anunciar hoje mesmo o programa de abertura de centros de saúde em horário acrescido durante o fim de semana e durante a segunda-feira", garantiu.
Questionado também sobre os helicópteros do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que vão deixar de prestar serviço noturno, Manuel Pizarro garante que o socorro continuará a existir.
"O nosso sistema de emergência pré-hospitalar é, felizmente, um sistema como deve de ser, com redundâncias. Tem capacidade de resposta em situações de pressão aumentada. O que vai acontecer é que, nos próximos meses, dos quatros helicópteros que estão em funcionamento em território continental, dois não estarão em funcionamento no período noturno", disse o governante. "O INEM promoveu medidas para garantir que com os outros dois helicópteros se faz o serviço noturno, de acordo com a casuística que é necessária."
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"Espero que, rapidamente, com o concurso que estamos a desenvolver, permita chegar a um resultado que recupere a capacidade operacional plena dos quatro helicópteros", acrecsentou.
O ministro da Saúde esteve, esta sexta-feira, no IPO em Lisboa para assinalar o centenário do instituto, e, preocupado com a ossibilidade de Portugal falhar as metas europeias para o fim do tabaco em 2040, aproveitou ainda para fazer um apelo ao próximo Governo. Manuel Pizarro pede a quem tomar posse, seja de que partido for, que retome as alterações à lei do tabaco e mantenha a secretaria de Estado de Promoção da Saúde.