Pizarro confessa "preocupação" com demissão de chefes de urgência no hospital de Loures
O ministro da Saúde demonstrou abertura para ouvir os profissionais de saúde do hospital de Loures.
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O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, confessou "preocupação" perante a demissão dos chefes de urgência no hospital de Loures enquanto passou pelo Algarve, esta quarta-feira, com a iniciativa "Governo Mais Próximo".
"Há que ouvir esses profissionais e as preocupações que nos querem transmitir. É uma atitude que merece a nossa preocupação, temos agora de dialogar com estes profissionais e ver quais são as soluções possíveis, que têm de se implementadas", reconheceu Manuel Pizarro.
Sobre a dificuldade de fixar médicos no Algarve, nomeadamente pediatras, o responsável pela pasta da Saúde garantiu que o Governo está a trabalhar, de forma conjunta, nessa matéria porque os preços da habitação nessa região do país também são elevados.
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"Há certas zonas do país onde o custo da habitação é proibitivo para os salários que estamos a pagar. Vamos trabalhar em modelos de apoio à habitação que permitam às pessoas fixar-se nesta região", acrescentou o ministro da Saúde.
Os chefes de equipa do Serviço de Urgência Geral do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, apresentaram a sua demissão devido à falta de condições, que dizem pôr em causa a segurança dos doentes e dos profissionais.
Segundo a carta de demissão assinada por 11 chefes de equipa, a que a Lusa teve acesso, os profissionais alertam para a degradação do serviço, lembrando que têm sido lançados vários avisos sobre a situação que se vive nos últimos tempos.
Na carta, os profissionais sublinham "a escassez de recursos humanos" que leva a que o hospital viva "os piores momentos da sua história", não conseguindo garantir "a prestação de cuidados de excelência ao doente"