PJ envolvida no desmantelamento de um "histórico" grupo criminoso ligado ao tráfico de droga
A investigação conjunta resultou na busca a 11 locais em Espanha e a uma empresa em território nacional, que levou à detenção de nove homens.
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A Polícia Judiciária (PJ) avançou esta sexta-feira que esteve envolvida no desmantelamento de um "histórico" grupo galego que se dedicava ao tráfico de droga desde 1980, uma ação que levou à detenção de nove pessoas.
O grupo conhecido como "Os Piturros" estava relacionado com os maiores distribuidores de cocaína da Colômbia, "fazendo do transporte marítimo a sua forma de atuar para fazer entrar grandes quantidades daquele estupefaciente na Europa".
Esta força policial explica que este foi o culminar de nove meses de investigação, no âmbito da operação "Nazaré", que começou em abril, após o aparecimento, numa praia de Peniche, de uma embarcação, onde foram apreendidos 1646 quilogramas de cocaína.
"O Departamento de Investigação Criminal da Polícia Judiciária de Leiria assumiu a investigação de toda a factualidade, que indiciava uma operação de tráfico de elevada envergadura e complexidade, apenas ao alcance das grandes organizações criminosas que dominam o tráfico internacional de estupefacientes, no caso de cocaína, por via marítima", lê-se no comunicado.
Após ter assumido o caso, a PJ cruzou informações com a brigada contra o crime organizado da Galiza, que "monitorizava uma organização galega, que poderia estar relacionada com os factos, ocorridos em território nacional".
A investigação conjunta resultou na busca a 11 locais em Espanha e a uma empresa em território nacional, que levou à detenção de nove homens, com idades compreendidas entre 53 e 25 anos, e à apreensão de três veículos de alta cilindrada, equipamentos de comunicação e 40 mil euros em notas.
"Foram também apreendidos 40 mil euros em notas do BCE, três veículos de alta gama, equipamentos informáticos e de comunicação, além de documentação relevante para imputação aos detidos, dos crimes de tráfico agravado de estupefacientes, associação criminosa e branqueamento de capitais", aponta.
A PJ afirma por isso que a investigação "permitiu, com elevada probabilidade, conhecer a forma como a operação criminosa foi planeada, desenvolvida e os meios utilizados, permitindo assim determinar a responsabilidade de cada um dos autores, agora detidos".