PJ faz buscas na Federação Portuguesa de Futebol por suspeitas de corrupção e fraude fiscal
Além destes crimes, a Polícia Judiciária também investiga recebimento indevido de vantagem e participação económica em negócio
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A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) está a ser esta terça-feira alvo de buscas pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas dos crimes de recebimento indevido de vantagem, corrupção, participação económica em negócio e fraude fiscal qualificada, confirmou esta polícia.
De acordo com o diretor nacional da PJ, Luís Neves, as buscas estão relacionadas "com a venda da antiga sede da Federação Portuguesa de Futebol" e foram cumpridos 20 mandados de busca a pessoas singulares e coletivas, incluindo sociedades de advogados.
Segundo o despacho a que a agência Lusa teve acesso, o Ministério Público deu autorização para a apreensão de computadores, telemóveis e outros suportes informáticos relevantes.
"A Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, desencadeou uma operação policial para dar cumprimento a 20 mandados de busca e apreensão em domicílios, instituição bancária, estabelecimentos e sociedades de advogados, nos distritos de Lisboa, Setúbal e Santarém", revela a PJ em comunicado.
A polícia informa que na investigação "foram identificadas um conjunto de situações passíveis de integrarem condutas ilícitas relacionadas, sobretudo, com a intermediação da venda da antiga sede pertencente à Federação Portuguesa de Futebol", negócio que foi feito por 11,250 milhões de euros.
"A investigação prosseguirá com a análise à prova agora recolhida e com os competentes exames e perícias, visando o cabal apuramento da verdade e a sua célere conclusão", adianta a PJ.
