As buscas estão relacionadas com a investigação "a eventuais crimes de prevaricação, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio e abuso de poderes e violação de regras urbanísticas"
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A Polícia Judiciária (PJ) realizou, esta quinta-feira, buscas nas câmaras municipais de Oeiras e de Grândola e em empresas do setor turístico. A informação foi confirmada pelas próprias autoridades em comunicado. Em causa estão suspeitas de prevaricação ou corrupção, participação económica em negócio e abuso de poderes e violação de regras urbanísticas.
Fonte da autarquia de Oeiras adiantou à TSF que em causa estarão contratos celebrados entre o município de Oeiras e a empresa Municípia, que trabalha na produção de dados geográficos por via aérea e terrestre, e da qual a câmara é acionista.
Em comunicado, a PJ revelou que, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, realizou esta manhã duas operações policiais, uma na Câmara de Oeiras, distrito de Lisboa, e outra na Câmara de Grândola, distrito de Setúbal.
As operações deram cumprimento a mandados de busca, emitidos pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Lisboa e de Évora.
As buscas estão relacionadas com a investigação "a eventuais crimes de prevaricação, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio e abuso de poderes e violação de regras urbanísticas", lê-se no comunicado.
"Estas diligências visaram a recolha de elementos documentais, com vista ao desenvolvimento e conclusão, tão breve quanto possível, das investigações em curso", acrescentou a PJ.
Já a estação televisiva CNN, divulgou a realização de buscas ao município de Grândola por violação de regras urbanísticas na Herdade da Comporta.
De acordo com o canal de televisão, "em causa está desde logo o alegado conflito de interesses de uma sociedade de advogados, a Abalada Matos, Moraes Cardoso e Associados, que foi contratada pela autarquia de Grândola para serviços de apoio à gestão urbanística".
Mas, "ao mesmo tempo, aquela sociedade de advogados já representa os interesses imobiliários de promotores turísticos na herdade da Comporta", ainda segundo a CNN.
"O conflito ocorre entre o interesse público e os interesses privados de duas sociedades - a Sublime Stay e a Herdade da Comporta, atividades turísticas", refere a CNN.
Fonte da Câmara de Grândola contactada pela agência Lusa confirmou as buscas da PJ e, para já, limitou-se a acrescentar que "a autarquia está a colaborar com as autoridades".
A Lusa contactou também a sociedade de advogados, A Abalada Matos, Moraes Cardoso e Associados, mas não obteve ainda qualquer esclarecimento.
Notícia atualizada às 14h10