Plano de mobilidade para a JMJ é apresentado na 6.ª feira, mas "não vai resolver todos os problemas"
À TSF, Ana Catarina Mendes mostra-se "inquieta" quanto às condições climatéricas na altura da JMJ, uma vez que "Lisboa vai ter temperaturas altíssimas num território que não tem sombra".
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O plano de mobilidade para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) não vai resolver todos os problemas. Quem o diz é a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes.
Entrevistada por Fernando Alves, na primeira edição do Jornal da Jornada Mundial da Juventude, na TSF, a governante, que tutela a JMJ, confirma que o plano de mobilidade será apresentado na sexta-feira, depois da concentração de muitos esforços.
"Eu posso, neste momento, anunciar que no dia 14 de julho, às 15h00, será apresentado o plano mobilidade. Temos todos a ideia de que o plano de mobilidade vai resolver todos os problemas, mas não vai", considera a ministra Ana Catarina Mendes, adiantando que o plano de mobilidade terá que ter em conta várias dimensões, nomeadamente "a dimensão regional e as próprias câmaras municipais".
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"Cada uma delas [câmaras municipais] tem que saber quais são as artérias que vai fechar", afirma, mostrando-se "absolutamente tranquila" quanto "à inevitabilidade de um milhão ou um milhão e meio de gente que vem e que vai trazer constrangimentos, mas também novas oportunidades para o território".
O plano de mobilidade é aguardado ansiosamente por várias entidades, mas Ana Catarina Mendes destaca também outros setores, como a saúde.
"O que está preparado é haver dois hospitais de campanha e 75 equipas móveis, de forma a não haver constrangimentos nos hospitais. Se Lisboa vai ser um caos, nós temos o plano de segurança que também será apresentado esta semana, até dia 15, mas há tantas dimensões pequeninas que nós não nos apercebemos e que fazem a diferença na organização", refere.
O que mais "inquieta" Ana Catarina Mendes são "as condições climatéricas". "Lisboa vai ter temperaturas altíssimas num território que não tem sombra e onde é preciso garantir que não há desidratações", acrescenta.
A JMJ vai decorrer em Lisboa e em Loures de 1 a 6 de agosto e, além do Papa Francisco, são esperados mais de um milhão de peregrinos.