Plano de vacinação. "Pode ser necessário recorrer à contratação de mais profissionais"
Ana Rita Cavaco explica que os enfermeiros e assistentes operacionais são "essenciais" para a aplicação do plano de vacinação.
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A bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE), Ana Rita Cavaco, defende que a contratação de profissionais de saúde pode ser fundamental para cumprir o plano de vacinação contra a Covid-19 em Portugal.
Em declarações à TSF, a líder da OE alertou para o "curto espaço de tempo" que o país tem para vacinar e defendeu que, apesar de Portugal "vacinar desde sempre" com altas taxas de cobertura vacinal, "pode ser necessário recorrer à contratação de mais profissionais, nomeadamente enfermeiros e assistentes operacionais".
Estas são duas classes profissionais "essenciais" para o processo, uma vez que "habitualmente são quem convoca as pessoas para vacinar".
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O primeiro lote de vacinas da Pfizer chegou este sábado a Portugal e vai ser administrado a partir da manhã deste domingo. Ana Rita Cavaco, que confessa ter sentido "grande felicidade" com a chegada das vacinas, vai estar no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra "não só para acompanhar mas também para dar confiança às pessoas".
A título pessoal, a bastonária dos enfermeiros explica que a mãe, que "vive numa casa de saúde" e que não pôde passar o Natal com ela, faz parte do grupo prioritário de acesso às vacinas.
"Já autorizei [a toma da vacina], logicamente, porque desde março não posso abraçá-la nem beijá-la", nota Ana Rita Cavaco.
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O primeiro lote de vacinas contra a Covid-19 chegou este sábado a Portugal. Escoltada por forças de segurança, a viatura refrigerada que transportou as vacinas, duas caixas com um peso total de 41 quilogramas, entrou no perímetro da unidade de armazenamento no distrito de Coimbra cerca das 09h45.
À semelhança de outros países da União Europeia, em Portugal a vacina é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo SNS.
Na segunda-feira, a Comissão Europeia autorizou a colocação no mercado da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, horas após a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter dado o seu parecer científico favorável.
Marta Temido revelou na ocasião que os profissionais dos centros hospitalares universitários do Porto, Coimbra, Lisboa Norte e Lisboa Central seriam os primeiros a ser vacinados.