O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse hoje estar disponível para discutir um novo acordo de concertação social.
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As posições do chefe do Governo foram assumidas durante um encontro com os Trabalhadores Sociais-Democratas (TSD) no âmbito do Dia do Trabalhador.
Ao longo de mais de meia hora, Passos Coelho centrou a sua intervenção nos problemas da governação e do país, deixando também vários alertas implícitos ao PS sobre a qualidade do debate político em Portugal.
«Precisamos de que haja realismo suficiente dos partidos e dos sindicatos para que os portugueses não ouçam o debate público como um debate de surdos, precisamos de criar condições para que nos possamos ouvir em Portugal», afirmou.
O chefe do executivo e presidente do PSD referiu que o documento para o crescimento e emprego lançado pelo Governo começou a ser preparado no verão passado e agora «precisa de dar frutos».
«Não foi uma moda e porque achámos que se devia acabar com a conversa da austeridade e começar a conversa do crescimento, são duas faces da mesma moeda», salientou Pedro Passos Coelho.
Neste contexto, Passos disse existir abertura do Governo para propostas de outras áreas políticas, «dos parceiros sociais e em particular da UGT» (central sindical), e que «se isso for o princípio de um novo acordo social que o seja».
«Valorizamos o acordo de janeiro de 2012, foi muito importante para fazer este tempo que passou, mas não temos de ficar cristalizados em torno daquela letra. A sociedade evoluiu, o ajustamento foi mais rápido e mais profundo, devemos adaptar as coisas, se tivermos aqui um princípio de um novo entendimento, excelente, estamos disponíveis para isso», adiantou.