Passos Coelho, que falava numa convenção autárquica distrital do PSD, em Vila Real, não indicou alvos. O primeiro-ministro desmentiu ainda a tese corrente sobre o ataque aos pensionistas.
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O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou hoje, em Vila Real, de haver quem deliberadamente queira instigar uma guerra contra os professores, pensionistas e reformados no país.
Passos Coelho participou esta tarde na convenção autárquica do PSD de Vila Real, que teve como objetivo apresentar os candidatos sociais-democratas às 14 câmaras do distrito.
Durante o seu discurso, o líder do partido destacou os professores e os pensionistas, para falar em «guerra» e instigação.
«Há deliberadamente quem queira instigar uma guerra contra os professores como se nós agora quiséssemos despedir os professores todos e as escolas funcionassem sem professores, também há quem queira instigar contra os pensionistas e reformados».
O também primeiro-ministro não tem medo que falar dos professores leve o PSD a perder votos e afirmou que o Governo não tem nada contra esta classe profissional.
Passos Coelho garantiu ainda que o Executivo não pensa colocar nenhum professor efetivo na mobilidade.
«Não é preciso, mas é preciso que os professores efetivos possam dar aulas. Não vamos pagar a um professor efetivo para não dar aulas numa escola e contratar um outro professor para outra escola em que há falta de professores», frisou.
Quanto aos reformados e pensionistas, Passos Coelho disse que se vai criando a ideia de que se quer "ir ao bolso" deles e que as pessoas ficam com medo.
«Apesar das imensas dificuldades porque vimos passando, quase 90 por cento dos pensionistas não foram afetados por medidas de redução do rendimento, isto é importante», sublinhou.
O líder do PSD lembrou que o Governo PS congelou as pensões mínimas sociais e rurais, as quais foram já atualizadas pelo atual executivo, que conseguiu também reduzir significativamente o preço dos medicamentos.
«Eu gostaria que pudesse ser mais porque acho injusto que haja tanta gente com pensões tão baixas, mas é mais do que aqueles que não deram nada e não aceito que aqueles que não deram nada venham dizer que o que nós damos é pouco», afirmou.
«Porque havemos de nos mostrar constrangidos quando aqueles que conduziram o país à atual situação, o que querem é que o país gaste o que não tem e que prometa a rodos, como se fez no passado, o que nós não estamos em condições de poder assegurar», frisou.