Poiares Maduro responde a António Costa: «devia dar ideias e não fazer baixa política»

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Miguel Poiares Maduro respondeu ao secretário-geral do PS, que esta tarde aconselhou o ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional a sair do gabinete para conhecer Portugal, dizendo que «em vez de fazer baixa política, António Costa devia apresentar ideias» para o melhor aproveitamento dos fundos comunitários.
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«Em vez de fazer baixa política sobre este tema, ou de fazer afirmações erradas relativamente à execução e atrasos do programa Portugal 2020... se em vez disso apresentasse ideias sobre a forma como estes fundos devem ser geridos ou sobre as regras relativas aos mecanismos de atribuição... isso sim, seria muito bem vindo».
É a resposta a António Costa, que esta tarde afirmou «Se o ministro Poiares Maduro saísse do gabinete e pusesse os pés na terra, fosse às empresas, falar com autarcas e percebesse a realidade do país onde está e não o país onde estudou e viveu, talvez os fundos comunitários estivessem a produzir resultados e já.»
Poiares Maduro, que no seu percurso académico e profissional passou por Florença, Estados Unidos e Luxemburgo, entre outros, acusara o líder socialista de estar «um bocadinho mais preocupado com as eleições do que» o seu antecessor, António José Seguro, e defendeu que «o Portugal 2020 (Quadro de Referência Estratégica Nacioanl 2014-20) nunca pode ser planeado em função das eleições», em entrevista ao Diário Económico.
«Quando vamos falar com qualquer governo estrangeiro, da União Europeia, e dizemos que é necessário reforçar o orçamento, a pergunta que nos fazem é para quê? Há fundos comunitários e a Garantia Jovem para combater o desemprego que não estão utilizar. Para que vêm pedir mais dinheiro, se não são capazes de utilizar o já disponível?», continuou Costa.
O ainda Presidente da Câmara Municipal de Lisboa negou querer utilizar os fundos europeus como arma de arremesso político.
«Eu não quero que haja combate político em torno disto. O que quero é que os fundos sirvam para o que foram criados - ativar a economia, ajudar a crescer, a criar emprego, romper com este ciclo de empobrecimento. É preciso, de facto, um Governo que não acredita na importância do investimento para ter desvalorizada a importância estratégica deste quadro (comunitário de apoio)», concluiu.