Polícia confirma caso denunciado à TSF por sindicato que representa os chefes da polícia e que pede explicações à direção nacional.
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O Sindicato da Carreira dos Chefes garante que várias esquadras do Comando Metropolitano do Porto receberam nos últimos dias gel desinfetante com um prazo de validade expirado em 2011. O presidente, Carlos Meireles, explica que foram surpreendidos com esta situação tendo, naturalmente, muitas dúvidas que este produto ainda seja eficaz passados nove anos.
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O sindicato acredita que este gel visível nas fotografias a que a TSF teve acesso virá do tempo de outra epidemia que afetou o país há mais de uma década e que quem tomou a decisão na PSP de o distribuir não o fez de ânimo leve, sendo que de certeza que até queria proteger os polícias.
Contudo, Carlos Meireles defende que dificilmente se protege alguém com um prazo de validade expirado há tanto tempo.
PSP fala em "lapso"
Fonte oficial da PSP confirmou à TSF que a distribuição deste gel desinfetante fora de prazo foi um "lapso" e terá sido um caso que afetou as esquadras de apenas uma divisão da região do Porto, não se tendo detetado, até agora, mais situações deste tipo pelo país.
O gel em causa já foi recolhido e substituído por produto comprado recentemente, dentro do prazo.
Planos violam regras da DGS
O Sindicato da Carreira dos Chefes acrescenta ainda que os planos de contingência feitos pelos diferentes comandos distritais da PSP para responder ao novo coronavírus, como foi exigido pelo Governo, não respeitam as diretrizes da Direção-Geral da Saúde (DGS), nomeadamente nos espaços previstos para isolar os casos suspeitos.
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O Sindicato da Carreira dos Chefes garante que a direção nacional da PSP encomendou 10 mil máscaras, mas, por exemplo, o comando de Carlos Meireles não recebeu, até agora, nem máscaras nem gel desinfetante.
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