Também a missão das tropas portuguesas no Mali vai ser reforçada, com mais dezenas de militares.
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A Polícia Marítima portuguesa vai prolongar a missão na Grécia até 31 janeiro de 2021, mantendo uma equipa de 15 elementos ao serviço da agência europeia Frontex para apoiar a Guarda Costeira grega. O anúncio foi feito na TSF pelo ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, que explica que a equipa vai reagrupar-se na ilha de Lesbos, deixando de estar presente na ilha de Samos, de forma a permitir "melhores sinergias dentro do grupo de 15 elementos".
O grupo conta com duas embarcações e uma viatura de vigilância costeira, equipada com uma câmara, um conjunto de capacidade térmica e visão noturna, "para identificar quem possa estar a atravessar o mar entre a Turquia e a Grécia".
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João Gomes Cravinho considera que o prolongamento da missão deve-se ao trabalho "absolutamente extraordinário" das equipas portuguesas no resgate de migrantes do Mediterrâneo.
O ministro anunciou ainda que o Governo vai também dar continuidade à missão em Itália, entre abril e agosto de 2020, que conta com nove elementos responsáveis pela vigilância das fronteiras marítimas do país.
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Combate ao terrorismo no Mali
Além do reforço na Europa, o ministério da Defesa vai também fazer um aumento considerável das tropas portuguesas no Mali, passando de 19 para quase 80 militares.
"Entre maio e novembro, teremos uma aeronave C-295, bem apetrechada de equipamentos de vigilância, que vai permitir saber aquilo que se passa nas diferentes partes do território. Vamos ter entre 70 a 75 militares a apoiar essa aeronave", detalhou.
Em entrevista à TSF, João Gomes Cravinho explica que é fundamental reforçar a presença no Mali para proporcionar mais segurança a toda região do Sahel, que "tem um impacto quase direto na estabilidade do sul da Europa".
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Gomes Cravinho defende que é agora importante dar continuidade ao combate ao terrorismo no Mali, que vive um "momento crucial no combate ao terrorismo", devido ao processo de paz no país.
O ministro da Defesa considera que os militares portugueses gozam de uma boa reputação entre as várias agências das Nações Unidas, admitindo ter mesmo de recusar pedidos de missões.
"Várias instâncias das Nações Unidas vieram perguntar se não seria possível reforçar, ter mais portugueses, porque, comparando com outras forças, as nossas têm uma eficácia muito superior. Mas somos um país com a dimensão que temos, o nosso contributo já é muito significativo e, infelizmente, neste momento não é possível corresponder, mas é um tributo muito grande ao prestígio de Portugal e ao prestígio das Forças Armadas", afirma.