Politécnicos animados com Erasmus para a CPLP: pode trazer "grandes benefícios"
A maioria dos alunos internacionais "são oriundos desses países e recebê-los com um programa e financiamento próprio" é uma mais-valia, considera a presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.
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O projeto de programa de mobilidade "Frátria", anunciado por António Costa na cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), é recebido com agrado pelos politécnicos. À TSF, a presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, Maria José Fernandes, disse esta segunda-feira acreditar em "grandes benefícios" para os estudantes, como para Portugal.
"Parece-nos um concurso muito interessante. Muitos dos nossos alunos internacionais são oriundos desses países e recebê-los com um programa e financiamento próprio, naturalmente que trará outras condições às instituições do ensino superior e aos estudantes", afirma Maria José Fernandes.
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Portugal precisa destes estudantes, "até porque muitos deles estudam e fixam-se no país", acrescenta, sublinhando o impacto "muito positivo" que a medida poderá ter na demografia portuguesa.
A presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos não sabe "ainda como se vai desenrolar" o projeto, mas espera ser ouvida pelo Governo sobre o assunto e não tem dúvidas de que "havendo vontade" o programa "Frátria" pode mesmo arrancar em 2026.
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Maria José Fernandes sugere que o intercâmbio avance primeiro nos cursos da área da tecnologia, por serem algo de muita procura pelos estudantes oriundos desses países.
O primeiro-ministro, António Costa, disse no domingo, em São Tomé, que espera "ter ao nível da CPLP uma frequência como o programa europeu Erasmus", explicando que o objetivo é "garantir o futuro à comunidade".