Política "pela positiva" e direitos dos animais na Constituição. As "causas" de Inês Sousa Real
Na moção que Inês Sousa Real apresenta aos militantes, continua a apostar-se na ecologia, sustentabilidade e direitos dos animais como as grandes bandeiras do partido.
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Inês Sousa Real não esteve no início do congresso do Pessoas-Animais-Natureza (PAN), mas foi a protagonista no regresso aos trabalhos, na parte da tarde. A futura líder do partido assume que quer fazer "política pela positiva", como alternativa às políticas dos anteriores governos.
É sob o mote "as causas primeiro" que a atual líder parlamentar do partido se apresenta aos militantes do PAN, define os objetivos para os próximos dois anos, e assume que fará oposição ao Governo.
"A moção que apresentamos vai ser uma alternativa aos modelos de governança até aqui prosseguidos. Acreditamos que só pela positiva conseguimos trazer para a esfera política estas preocupações, assim como um novo modelo de desenvolvimento", apontou.
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Inês Sousa Real assume que tem de haver justiça, "seja ela social ou climática". A futura líder do PAN lembrou ainda os jovens, e diz que é fundamental terminar com a precariedade, "com um modelo económico mais justo para todas as pessoas, para todas as gerações".
"Que os jovens possam ter algo mais do que a precariedade, e que se decrete o fim do fosso na igualdade de género", acrescentou.
Na moção de estratégia global que Inês Sousa Real apresenta aos militantes, continua a apostar-se na ecologia, sustentabilidade e direitos dos animais como as grandes bandeiras do partido. A nova direção promete ainda lutar pela introdução dos direitos dos animais na Constituição.
"Iremos defender e lutar para que o Estado proteja a vida animal e reconheça o seu valor intrínseco e o direito a uma vida condigna", explicou.
Inês Sousa Real reforçou, tal como André Silva já tinha destacado na intervenção inicial, que as touradas "já não deveriam ter lugar em pleno século XXI.
A nível interno, "esta moção pretende, acima de tudo naquilo que é a vida interna do partido e tendo presente a elevada responsabilidade que cabe ao PAN no panorama político português, garantir não só o reforço da união, da participação, do diálogo, do debate e estarmos focados e, em conjunto trabalharmos para este grande objetivo que é mudarmos a nossa sociedade, transformando-a numa sociedade mais empática, de maior justiça e de mais valor", afirmou.
Ao fim de dez anos, André Silva deixa a liderança do partido, e passa a pasta a Inês Sousa Real. As causas e os objetivos do partido continuam a ser os mesmos.
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