O secretário-geral do PCP recusa a vacinação prioritária dos deputados.
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Jerónimo de Sousa recusa receber a vacina contra a Covid-19 antes do plano estipulado, e sublinha que quer ser vacinado "não como deputado, mas como cidadão e utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS)", esperando pela sua vez.
Depois da reunião do Comité Central do PCP, para analisar os resultados das eleições presidenciais e o combate à pandemia, o secretário-geral do partido reforçou que os comunistas recusam a vacinação prioritária de deputados. Por outro lado, Jerónimo de Sousa compreende que o Presidente da República, Presidente da Assembleia e primeiro-ministro recebem a vacina antecipadamente.
"Há funções no Estado que justificam, para a tomada de decisões necessárias. Agora, deputados e restantes políticos devem ser considerados nos critérios da restante população", disse.
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O líder do PCP pediu que o plano de vacinação avance o mais rápido possível, apontando à produção nacional como uma das soluções para o fabrico de vacinas. Para os comunistas, o "essencial e prioritário" é "garantir as condições para a rápida vacinação da população, o que exige que o país não fique dependente unicamente do programa de vacinas da União Europeia e das multinacionais farmacêuticas".
O PCP criticou, em comunicado, a "generalização excessiva" na prioridade da vacinação contra a Covid-19 dada aos políticos e insistiu que é necessário "garantir as condições para a rápida vacinação da população".
"A prioridade dada a titulares de altos responsáveis do Estado, sendo compreensível para situações concretas, tem uma generalização que se afigura excessiva",
De acordo com um despacho, emitido na segunda-feira pelo primeiro-ministro, noticiado pelo Diário de Notícias (DN), os titulares de órgãos de soberania, deputados, funcionários da Assembleia da República, membros dos órgãos das Regiões Autónomas e presidentes de câmara, enquanto responsáveis da proteção civil, vão começar a ser vacinados na próxima semana.
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