O coordenador da Vacinação contra a Covid-19 adianta que o plano está a ser revisto para que Governo e Presidente da República possam ser vacinados prioritariamente.
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O Presidente da República e os membros do Governo vão ser incluídos no grupo prioritário de vacinação contra a Covid-19. A revelação é feita por Francisco Ramos, coordenador da Task Force para o Plano de Vacinação contra a Covid-19 em Portugal, numa entrevista ao jornal Expresso.
Francisco Ramos admite que está a ser feita uma revisão para que os políticos tenham prioridade na vacinação.
A Direção-Geral da Saúde (DGS) já fez uma primeira proposta para uma próxima fase de vacinação prioritária, relativa a um grupo de 16 mil pessoas. Aqui incluem-se os titulares de cargos de soberania, o Presidente da República, e membros do Governo, mas não só. A revisão que está a decorrer pode definir ainda como prioritários os bombeiros que estejam na emergência pré-hospitalar (apesar de não serem profissionais de saúde), as Forças Armadas e elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP) que sejam considerados essenciais para a proteção da pandemia.
Francisco Ramos espera, ainda nesta primeira fase, ter todos os trabalhadores e residentes em lares vacinados até à terceira semana de fevereiro, com exceção dos lares onde apareçam surtos de Covid-19.
O coordenador do grupo de trabalho responsável pelo plano de vacinação afirma, na entrevista ao Expresso, que cerca de dois terços dos prioritários do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e 15% dos profissionais de saúde terão a vacinação concluída já na próxima semana.
Francisco Ramos garante que há uma grande avidez das pessoas pela vacina, mas admite que o impacto da vacinação só se sentirá quando metade da população estiver vacinada. A Task Force para o Plano de Vacinação contra a Covid-19 em Portugal acredita que isso acontecerá no verão, quando espera que haja já 6 a 7 milhões de portugueses vacinados.
Por agora, as atenções centram-se na aprovação da vacina da AstraZeneca, a ser discutida na próxima semana. Caso a Agência Europeia do Medicamento (EMA) aprove a vacina, prevê-se a entrega de 1,4 milhões de doses em Portugal em fevereiro e março, garantindo a vacinação de cerca de 200 mil pessoas.
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