Poluição por plásticos em praias galegas com origem em acidente ao largo de Viana do Castelo
A vaga de poluição terá vindo da carga de um navio de bandeira liberiana que passou a 8 de dezembro do ano passado ao largo de Viana do Castelo.
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A vaga de poluição marítima por plástico que colocou a costa galega e asturiana em alerta tem origem num acidente ao largo de Viana do Castelo, avança a imprensa local. Até ao momento, só na Galiza, já foram recolhidas centenas de sacos pellets, pequenos grãos de plástico com cinco milímetros de diâmetro.
A imprensa espanhola afirma que se trata da carga de um navio de bandeira liberiana que passou a 8 de dezembro do ano passado ao largo de Viana do Castelo. À TSF, o comandante José Sousa Luís, porta-voz da Autoridade Marítima Nacional, confirma a perda de carga deste navio nessa data, mas não tem confirmação sobre o que continham os contentores que desapareceram no mar.
"Não se sabe se estes pellets são os mesmos que estão a chegar à costa da Galiza. No entanto, garantidamente alguns deles apresentam sinal de desgaste, o que significa que já estão há algum tempo no meio ambiente. Estes têm sido identificados e recolhidos. Temos algumas equipas para a recolha de pellets em prontidão, não só da Autoridade Marítima Nacional, mas também de alguns municípios, com agentes de Proteção Civil e outras entidades públicas e privadas. Está-se também em conversação com diversos organismos no sentido de preparar equipas para eventual recolha deste material", explicou à TSF José Sousa Luís.
Até ao momento não se sabe ao certo o que tinham os contentores e apesar das medidas de vigilância em curso na costa portuguesa, entre Caminha e a Figueira da Foz, até ao momento foram recolhidas quantidades ínfimas destas esferas de plástico. O comandante José Sousa Luís, porta-voz da Marinha, afirmou que juntamente com o Instituto Hidrográfico têm em vigor o plano Mar Limpo, uma operação de vigilância apertada para responder caso cheguem à costa portuguesa quantidades significativas de pellets.
"O Instituto Hidrográfico está a fazer uma monitorização constante mediante as previsões de vento, corrente e ondulação e, para já, não se prevê que grandes quantidades de pellets cheguem à costa portuguesa nos próximos dias. No entanto, a Autoridade Marítima Nacional ativou um plano de contingência. No âmbito do plano Mar Limpo foram também reforçadas as patrulhas costeiras nas capitanias do Norte, no sentido de tentar identificar um e estes pellets na areia. Até ao momento têm sido identificados alguns pellets em quantidades pouco significativas, na ordem das poucas centenas", acrescentou o porta-voz da Autoridade Marítima Nacional.
Este resíduo de plástico está a atingir seriamente as costas da Galiza e das Astúrias, mas também da Catalunha, em Espanha, na região de Tarragona, o Ministério Público espanhol está a investigar a origem deste plástico.