O Fórum Inovação e Competitividade, promovido pela Fundação AEP, é o primeiro passo de um debate de um ano. A base do trabalho é um estudo coordenado pelo economista e antigo ministro da economia, Carlos Tavares.
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A Fundação AEP vai debater durante este ano, uma agenda para a inovação, a produtividade e o crescimento.
O primeiro passo é o Fórum para a Produtividade e Inovação, esta segunda-feira, no Auditório AEP em Matosinhos.
A sessão começa com a apresentação de um estudo elaborado pelo economista e antigo ministro Carlos Tavares, e pela professora universitária Sara Oliveira Monteiro.
À TSF, Carlos Tavares explica que mais que um diagnóstico, este estudo pretende determinar quais as reformas que devem ser prioritárias, e como devem ser construídas.
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Ele reconhece que há muitos diagnósticos, e que todos coincidem nas áreas que têm de ser reformadas.
Por isso, a opção foi apontar medidas concretas para mudar mecanismos de concorrência de mercado, justiça económica ou fórmulas de capitalização das empresas, entre outras matérias fundamentais como a educações ou a saúde.
O economista considera que o debate deve ser longo e técnico, para permitir encontrar soluções que vão além dos ciclos políticos, porque "a intermitências das políticas não ajuda a criar confiança".
Nesta conversa com a TSF, Carlos Tavares destaca o exemplo da concorrência, como uma área fundamental a alterar, e lembra as subidas recentes de preços que, em alguns setores, tem pouca justificação.
Apesar de admitir que as políticas públicas, são fundamentais para abrir caminhos ao trabalho das empresas, Carlos Tavares incentiva às mudanças na forma como agem as empresas privadas, criticando até algumas práticas.
Nesse sentido, a capitalização das empresas deve ser uma prioridade, e definição clara dos métodos de governação, especialmente as questões sucessórias nas empresas familiares, são dois exemplos de práticas que devem preocupar os empresários privados.
O objetivo final do trabalho que hoje começa é contribuir para decisões informadas, que possam ser adotadas pelas empresas, mas também, pelos órgãos democraticamente eleitos.