
Google Maps
População do Faralhão contra encerramento da dependência da Caixa Geral de Depósitos.
Corpo do artigo
Centenas de pessoas prometem manifestar-se sábado contra o encerramento da dependência da Caixa Geral de Depósitos do Faralhão, prevista para final de março, por se tratar da única instituição bancária naquela localidade do concelho de Setúbal.
"Esperamos ter uma grande adesão da população do Faralhão, porque há muita gente revoltada com o encerramento da agência e, eventualmente, também a retirada do multibanco", disse hoje à agência Lusa Manuel Véstias, presidente da Junta de Freguesia do Sado (CDU), que promove a ação de protesto.
"Já pedimos audiências à administração da Caixa Geral de Depósitos, ao ministro das Finanças e aos diferentes grupos Parlamentares na Assembleia da República, mas até agora só obtivemos resposta do CDS e do PCP, que prometeu questionar o governo", acrescentou.
De acordo com o autarca, caso se verifique o encerramento do balcão da Caixa Geral de Depósitos no Faralhão, a população daquela zona do concelho terá de percorrer, pelo menos, oito quilómetros para tratar de questões relacionadas com os bancos, uma vez que as dependências bancárias mais próximas estão na cidade de Setúbal.
"Há pessoas com mais idade, e com mobilidade reduzida, que terão de se deslocar à cidade de Setúbal, com tudo o que isso implica em termos de perda de tempo e custos de transportes", disse Manuel Véstias, assegurando que a Junta de Freguesia do Sado e a população vão lutar pela manutenção da única dependência bancária na localidade.
A ação de protesto está marcada para as 14:30 de sábado, junto à dependência da Caixa Geral de Depósitos do Faralhão.
Confrontado com os encerramentos das dependências o presidente executivo da CGD disse que o banco não conseguirá regressar aos lucros se mantiver a atividade sem alterações e que não pode manter presença em todas localidades em que outros bancos não veem viabilidade económica.
"Ninguém peça à Caixa Geral de Depósitos (CGD) para ficar em todos os sítios onde os outros bancos não querem ficar. Se isso acontecesse, então a Caixa não saía dos seis anos de prejuízos que teve", afirmou Paulo Macedo em conferência de imprensa.